O Departamento Educacional Especializado (DEE), da Secretaria de Educação de Barueri, tem implementado ações de suporte emocional para os alunos da rede.
Os estudantes que necessitam de apoio têm recebido acolhimento pela equipe de psicologia, que oferece escuta atenta e cuidadosa a crianças e adolescentes, tendo como desfecho projetos de intervenção, orientações específicas e encaminhamentos para redes de apoio.
Segundo a psicóloga Kely Cristina Sales, os momentos de contato com os estudantes têm sido oportunidades de apoio, acolhimento e lugar de escuta. “É muito importante dar voz e assegurar a força de expressão dos alunos. Eles percebem o pertencimento real ao grupo. Os momentos têm sido muito relevantes”, explicou.
Os gestores escolares contam ainda com o suporte de um acervo de materiais elaborados para auxiliá-los nesta demanda, por meio de salas de aulas virtuais e apoio remoto dos técnicos do AEE.
A responsável pelo departamento, Deborah Leite, explica que “para realizar os atendimentos, o setor desenvolve um olhar cuidadoso também para os alunos com deficiência e/ou autismo. Em tempos de pandemia, o AEE tem dado suporte a este público, por meio de seus professores que, além de especialistas, são protagonistas de uma história de trabalho colaborativo, dedicação e criatividade”, disse.
Neste novo cenário não foram os alunos que entraram pelos portões da escola, mas sim os professores, coordenadores e toda a equipe pedagógica que entraram nas casas desses estudantes, criando vínculos e ensinando por meio das aulas on-line síncronas, atividades impressas e kit com recursos concretos para a elaboração de atividades adaptadas.
A iniciativa tem colaborado ainda para a manutenção da rotina escolar. Torna-se fundamental para reverter o impacto negativo que o fechamento abrupto das escolas ocasionou na saúde mental e aprendizado desse público, uma vez que a literatura aponta que o aluno com deficiência e/ou transtorno sofreu principalmente com a ausência de uma sistemática educacional que pudesse responder às suas necessidades.
Para a professora do AEE, Ana Maria Villar, a adaptação da forma de ensinar por intermédio dos recursos remotos foi um grande desafio, mas os resultados têm sido gratificantes. “No início não foi fácil, foi preciso um tempo para conhecer e se adaptar a novas ferramentas e adaptação para ensino nas aulas virtuais. Foram meses de formação, mas resultou no estreitamento da relação com os pais e ou responsáveis pelos alunos, pois contribuiu muito para que eles continuassem os atendimentos sem grandes perdas. Um dos fatores mais importantes e de grande positividade foi minha atuação como professora do AEE, perante os grandes desafios causados pela Covid-19, principalmente o afastamento presencial dos alunos do AEE, me levaram a repensar a metodologia a ser usada através da criação de formas que sejam eficientes para a continuidade do aprendizado deles, principalmente dos alunos com deficiência”, conta.
GALERIA